sexta-feira, janeiro 19, 2007
Errar é humano temos todos consciência disso
Mas errar e não reconhecer o erro, é inadmissível. A juíza que condenou a seis anos de prisão o pai adoptivo da criança que se encontra algures bem protegida e acarinhada por quem dela toma conta, resolveu falar e afirmando estar de consciência tranquila pelo seu despacho de pronúncia. Neste país os erros judiciais cometidos pelos magistrados, segundo estatísticas, são mais do que muitos. É certo que o seu cometimento por parte dos juízes não os penaliza e inclusivamente não serve de motivo para os prejudicar na progressão da carreira. Duma maneira geral noutras profissões os erros cometidos pelos respectivos autores são normalmente penalizados e quando muito grosseiros chegam mesmo a motivar o procedimento disciplinar e o respectivo despedimento. Neste classe nada disto acontece. Continua-se a condenar inocentes e nem sequer se dignam pedir desculpa às respectivas vítimas. Claro que este caso ao merecer um destaque noticioso das televisões, provocou um impacto na população de contestação à sentença proferida que em vez de provocar na juíza autora da mesma o seu silêncio, incentivou-a a pronunciar-se estar de consciência tranquila por usar dum direito que a Lei lhe confere mas que a moral não entende. Claro que ninguém pense que esta magistrada judicial com esta sua atitude vai prejudicar a sua carreira. Mas com certeza que este seu erro não irá contribuir em nada para dignificar a carreira da magistratura judicial.
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