sexta-feira, novembro 30, 2007
A guerra dos números da greve geral
Os grandes estaleiros navais, Lisnave e Setenave face aos custos incomportáveis da mão-de-obra dos respectivos metalúrgicos deixaram de ser rentáveis e foram perdendo encomendas para construção e reparação de navios de grande calado, cingindo-se a construção naval apenas e só ao estaleiro de Viana do Castelo. A industria vidreira, actividade por excelência da Marinha Grande está também praticamente extinta. A Sorefame, então responsável pelo fabrico e reparações de carruagens aconteceu o que sabemos, ou seja deixou de desenvolver esta actividade.
E hoje praticamente não existe proletariado no nosso País.
Sem o seu apoio as organizações sindicais não tiveram outra alternativa que não fosse, para assegurarem a sua sobrevivência, face à quotização dos seus filiados, estimular os não proletários ou seja as classes sociais que sempre tiveram melhores remunerações e outras regalias a manifestarem-se e a realizarem greves, umas com fundamento outras nem por isso. Sempre que as mesmas ocorrem existe uma desfasamento notável entre o número de aderentes os quais estão longes de ser coincidentes, porque os da organizações sindicais são excessivamente inflacionados e normalmente os apresentados pelo governo pecam por defeito.
Já o afirmei em abordagens anteriores que independentemente da greve ser um direito consagrado na Constituição e por isso poder ser usado por quem entender dever aderir, em relação aos trabalhadores da administração pública é visível a falta de apoio daqueles que prestam serviço nas empresas privadas, os quais sabendo-se francamente menos beneficiados quer no aspecto das remunerações mensais auferidas quer ainda por outras regalias que a função pública usufrui, lhes mereçam da sua parte simpatia ou solidariedade para com a sua luta. Nada disso, muito pelo contrário. Aconselharia por isso ás organizações sindicais promotoras do agendamento às sextas-feiras de greves gerais que efectivamente auscultassem a opinião de muitos dos trabalhadores privados para conhecerem melhor a sua opinião acerca da reivindicação dos funcionários públicos.
Seria muito interessante que o fizessem pois se calhar muito provavelmente refreariam os seus intentos em marcações com alguma frequência de greves gerais.
quarta-feira, novembro 28, 2007
PCP o partido das amplas liberdades estatutárias ao expulsar a sua deputada Luisa Mesquita arrisca-se a perder dois presidentes de junta de freguesia
Segundo a imprensa escrita de hoje o número de abortos registado em Portugal vai ficar muito aquem do inicialmente previsto
segunda-feira, novembro 26, 2007
De vez enquanto o poder político lembra-se de que a nossa população está a decrescer, mas eles sabem a razão
Ali se radicaram muitos dos quais tiveram e continuam a ter os seus filhos e a maioria deles afasta totalmente a possibilidade de regressarem à sua terra natal e aqueles que voltam numa percentagem muita reduzida já nem sequer estão em condições de procriação. Por isso me parecer extemporânea a preocupação do actual Presidente ou de qualquer outro governante porquanto a responsabilidade deste registo, o decréscimo da nossa população e a diminuição drástica da natalidade é exclusivamente sua e de outros anteriores governantes que nunca souberam imprimir as políticas necessárias para incentivar o aumento da população.
sexta-feira, novembro 23, 2007
Porque o apelo merece a necessária divulgação aqui fica
qual este respondeu que brevemente se iria realizar.O certo é que até hoje essa audiência não se realizou.Na altura existiam no local cerca de 200 cães e um número incerto de gatos.Na primeira semana de Outubro de 2007,
preocupadas com a saúde e bem-estar dos animais, a Presidente da Liga mais algumas colaboradoras tentaram novamente ter acesso ao canil, acesso que mais uma vez foi negado e que em conversa acessa com Fernando Pedada, este disse inclusivie que não devolvia a carrinha pertencente à Liga " pois o iria utilizar para recolher os animais da rua, levá-los para o canil para os matar, e que a população ainda lhe iria agradecer".Tal veículo foi
recuperado sob intimação policial.No dia 20 de Outubro, pela noite, uma pessoa que trabalha nas instalações mas que prefere o anonimato, por medo de represálias, comunicou à Presidente da Liga que só nessa noite tinham acabado de ser mortos 50 a 60 cães.Esta situação, que aquele funcionário descreveu como uma MATANÇA, foi levada a cabo pelo funcionário Fernando Pedada e pelo veterinário Jorge Bomba.Entre os animais abatidos, encontrava-se uma cadela grávida e prestes a parir, e a restante maioria era de cães saudáveis.Os animais abatidos nessa noite, foram transportados por um camião da Câmara e despejados do aterro sanitário de S. João da Venda.A justificação que apresentaram é que os animais estavam todos doentes, o que é facto confirmado que não o estavam, e o veterinário Jorge Bomba ainda referiu que como sendo abandonados, não podiam permanecer mais de 15 dias no Canil.Os animais não eram abandonados, eram propriedade da LOAAA, que nalguns casos, já cuidava deles há vários anos.A LOAAA claramente manifestou, de forma inequivoca, que não consentia no abate dos seus animais.Desde então, continuam a morrer animais indiscriminadamente, e de forma cruel. Fernando Pedada, usa uma arma para andar aos tiros com os animais, sem ter qualquer competência para o fazer, Jorge Bomba, ignora todos os príncipios de ética contra a violação da legislação que protege os animais, e mais grave abusa da profissão que abraçou, Eng. Francisco Leal, está a ser conivente com tudo isto e depois desmente e boicota reportagens sobre os factos descritos, e ainda lá está mais um " bondoso" para a "limpeza da cidade de Olhão", chamado Alberto Almeida.Com as preditas atitudes, que ofendem a dignidade de todas as pessoas de bem e dão da instituição que as comete uma ideia de um primário barbarismo, parece estar a regredir-se nos patamares civilizacionais.Interrogamo-nos todos como pode isto acontecer num municipio da Europa!Está a ser violada claramente a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, e a sensibilidade de todas as pessoas de bem.Parece-nos também flagrantemente violada a arte medico-veterinária por ofensa flagrante à dignidade animal, ao impor um veterinário numa morte desnecessária a um grande número de animais.Estamos a tratar de seres vivos que necessitam de assistência permanente e de serem resguardados de uma morte certa.Ajudem-nos nesta demanda!Se quiserem manifestar o vosso desagrado ou repúdio por esta situaçãoo email da Câmara de Olhão é geral@cm-olhao.ptos signatários, por tudo o que já foi exposto, estamos dispostos a defender as leis que protegem os animais e condenar nacionalmente e internacionalmente, os perpétuadores deste massacre hediondo!Não resta dúvidas que quem responderá mais por isto, será o Autarca responsável e todo o Concelho terá repercussões negativas a todos os níveis ( comércio, turismo, desenvolvimento, investimentos...)Por isso, ainda temos a humildade, de vos pedir que não continuem a levar a cabo esta barbaridade, que se abram inquéritos e sejam chamados os bárbaros, á Justiça!!
Petition:
Vamos acabar com estas injustiças!!!!Por favor, ajudem-nos!Temos que salvar estas vidas!Obrigada
Subject: CONTRA O ABATE ILEGAL DOS ANIMAIS DO CANIL DE OLHÃO - Online
Petition To: gliciniaf@yahoo.com.br
Assinem aqui contra esta barbaridade: http://www.gopetition.com/online/15036.html
Alguma blogosfera escolheu hoje o dia para entupir o "Abrupto"
Se há posturas que me irritam solenemente nas pessoas é pensarem que são conhecedoras de todas os assuntos que abordam quer nas suas entrevistas quer nos seus artigos de opinião e sem dúvida este senhor faz parte desse vasto número de pessoas que se julga habilitado a discutir determinadas matérias sobre as quais o conhecimento que possui é o mesmo que qualquer um de nós. É pois pela sua enorme presunção que me leva a não ter paciência nem para o ouvir nem ler aquilo que escreve. Mas isso não me motiva a aderir ao bloqueamento proposto por alguns bloggeres ao seu "Abrupto", mas tal atitude leva-me a pensar tratar-se duma retaliação à postura do seu autor quando se permite rotular os blogues que não são da sua simpatia de lixo. Muito sinceramente estou-me lixando para tal apreciação, uma vez escrever por duas ordens de razão:
A primeira porque gosto de comunicar e esta é sem dúvida uma excelente forma.
A segunda porque tenho a convicção que não me limito a escrever só porque gosto, tenho algumas visitas a inteirarem-se das minhas abordagens e a deixarem os seus pontos de vista sobre as mesmas.
Daí achar absolutamente irrelevante a opinião de Pacheco Pereira quanto à catalogação de lixo blogosférico porquanto muitas outras pessoas têm opinião contrária à sua embora possam reconhecer que existe algum.
quinta-feira, novembro 22, 2007
Cupim pode salvar álcool à base de celulose, diz estudo
O intestino do cupim pode parecer um lugar estranho para procurar uma solução para a crise energética do mundo, mas cientistas acreditam que lá pode estar a chave para melhorar e baratear os biocombustíveis.
As bactérias presentes em seu organismo, e que permitem que eles digiram celulose, podem vir a ser usadas no futuro como agentes bioquímicos para transformar madeira em biocombustível, afirma estudo na "Nature".
"O intestino dos cupins é minúsculo, mas funciona como um bioreator de uma eficácia surpreendente", disse à France Presse Andreas Brune, do instituto Max Planck de microbiologia terrestre em Marburg, na Alemanha.
Os trabalhos sobre o metagenoma dos cupins Nasutitermes, ou seja, a análise genética das células microbianas presentes em seu intestino, permitiu a constatação da presença de inúmeras bactérias responsáveis pela hidrólise da celulose e do xilénio, dois polímeros que podem ser utilizados para fabricar biocombustíveis.
"O meio microbiano do intestino dos cupins pode, teoricamente, transformar uma folha de papel A4 em dois litros de hidrogénio", acrescentou Brune, detalhando que a "biodiversidade e a bioquímica ainda pouco exploradas do intestino dos cupins é uma fonte promissora de novas capacidades catalíticas".
O estudo é "a primeira análise global de um sistema microbiano especializado na transformação da lignocelulose vegetal", afirmaram seus autores, entre eles Falk Warneke do Joint Genome Institute americano.
da Folha Online
A confirmar-se este resultado do estudo teremos o pessoal a dedicar-se em força à criação de cupins para a produção de hidrogénio.
quarta-feira, novembro 21, 2007
A justiça tal como já nos habituou mais uma vez decidiu mal
E os juízes limitando-se a julgar à luz do direito e sem terem em conta o mal que a sua decisão vai produzir na criança quando esta for entregue ao pai natural, mais uma vez e à semelhança do que já nos habituaram, determinaram por acórdão nesse sentido, decisão da qual não deverá provavelmente recorrer o casal que a criou na medida que não tem qualquer sustentabilidade legal o seu recurso, apenas e só a questão sentimental em causa. A criança que não possui qualquer laço de afectividade com o pai natural, obviamente vai sofrer com esta errada, não do ponto de vista legal, mas da salvaguarda dos seus direitos, jamais compreenderá que a justiça dos homens é absurda.
terça-feira, novembro 20, 2007
Casca de magnólia pode combater mau hálito, diz estudo

Extracto de casca de magnólia pode ser usado para combater o mau hálito, de acordo com um estudo da fabricante de chicletes Wrigley Company, publicado na última edição da revista especializada Journal of Agricultural and Food Chemistry.
O extracto da planta já é usado no tratamento de diversas doenças e também pode ser eficaz no combate às bactérias que provocam cáries.
Os testes foram aplicados em nove voluntários da Wrigley e, segundo os pesquisadores, a combinação de menta com magnólia matou 20 vezes mais bactérias do que apenas menta.
Ao deixar a pastilha de magnólia e menta agir por meia hora, os estudiosos registaram uma diminuição de 60% no número de bactérias, enquanto com a redução apenas com balas de menta foi de 3,6%.
Cáries
Todos os voluntários eram pessoas saudáveis e tinham acabado de almoçar.
Entre as bactérias reduzidas pela pastilha estavam as responsáveis por problemas de mau hálito, bem como a Streptococcus mutans, que provoca cáries.
"Mau hálito ou halitose é um grande problema social e psicológico que afecta a maioria da população", de acordo com os pesquisadores.
Os estudiosos escreveram ainda que o extracto de casca de magnólia demonstrou ter "significativa actividade anti-bactericida contra organismos responsáveis pelo mau odor oral".
A pesquisa conclui que o extracto pode ser incorporado em balas e chicletes para trazer "os benefícios de uma maior frescura no hálito".
Há muitos que defendem o uso de magnólia para aliviar os sintomas de reumatismo e asma, entre outras doenças.
da BBC Brasil
Sabemos todos que ao mastigar-mos pastilhas elásticas com sabor a menta, dá-nos uma sensação de frescura na boca e até um hálito agradável. Ninguém substitui que saiba a lavagem regular dos dentes por mascar pastilha elástica. Esta conclusão pode muito bem ser uma forma de estimular o consumo de pastilhas elásticas na esperança de quem por tal opte venha a reduzir as dores provocadas pelo reumatismo. Sinceramente não acredito nestas faculdades terapêuticas da magnólia, mas vou esperar para ver resultados.
segunda-feira, novembro 19, 2007
No dia 17 publiquei exactamente um post no qual afirmava que nunca seria essa a escolha dos jornalistas europeus

E tal como previ se confirmou. Eles elegeram este automóvel o carro europeu do ano de 2008, sendo as seguintes as restantes posições dos modelos escolhidos até ao sétimo lugar:
1º) Fiat 500 - 385 pontos
2º) Mazda 2 - 325 pontos
3º) Ford Mondeo - 202 pontos
4º) Kia Cee'd - 166 pontos
5º) Nissan Qashqai - 147 pontos
6º) Mercedes Classe C - 128 pontos
7º) Peugeot 308 - 97 pontos
Se é certo que são jornalistas normalmente ligados ao desporto automóvel que elegem o carro do ano, essa escolha não significa que seja acertada face a outros modelos de mais comprovada fiabilidade. Mas como quem decide são eles e não quaisquer outros, temos de aceitar embora nos assista o direito de não concordar minimamente com os critérios que ditaram a sua opção.
Por achar de extrema importância este aviso recebido por email, publico-o
*NÃO PAGUEM VOLUNTARIAMENTE.**
*Digam ao polícia
- que vai insistir convosco para pagarem logo
- que preferem o Depósito.
Alguns polícias mentem descaradamente ao dizerem que, se não pagarem, ficam sem os documentos.
* ISSO É MENTIRA!!! *>SE vos retiram os documentos, têm de vos passar uma guia, que é obrigatória por lei.
Terão depois 15 dias úteis para fazerem o que acharem melhor, mas ficam com tempo para decidirem o que querem fazer.
*OPTEM SEMPRE PELO DEPÓSITO, E NUNCA PELO PAGAMENTO VOLUNTÁRIO.***
Quem paga fica, automaticamente, sem defesa.
QUEM PAGA VOLUNTARIAMENTE FICA SEM POSSIBILIDADE ALGUMA DE SE DEFENDER,
Comentário
Já que o Governo nos está a extorquir dinheiro por diversos processos, vamos entupir os serviços públicos, não pagando coimas e contestando-as, testando a capacidade de resposta dos mesmos.
domingo, novembro 18, 2007
Claro está que não irá ser esta a escolha dos jornalistas europeus quando elegerem o carro do ano

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As maiores notas concedidas ao hatch pelos jurados foram nos quesitos eficiência no consumo de combustível e dirigibilidade. Grande parte do bom desempenho obtido na avaliação feita pela comissão julgadora se deve à redução de peso sofrida pelo modelo. A versão atual do Mazda2, lançada em meados desse ano, é 100 quilos mais leve que a geração anterior, de 2002. Mas o hatch não foi o único modelo da Mazda a receber um prêmio. O crossover CX-7 faturou o título especial de Melhor Utilitário Esportivo do Ano.
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O Carro do Ano do Japão premia também o Carro Importado do Ano e a Tecnologia do Ano, entre outras categorias. A edição 2008 do prêmio contou com a participação de 22 modelos lançados no mercado japonês entre 1 de novembro de 2006 e 31 de outubro de 2007. "Estamos orgulhosos de sermos escolhidos outra vez (ao prêmio) com o Mazda Demio, o primeiro modelo por nós introduzido após o anúncio do plano Zoom-Zoom de sustentabilidade e desenvolvimento de longo prazo, no ínicio do ano. Nós apreciamos esse reconhecimento como uma forma de validar as diretrizes de nossos produtos. Olhando para frente, nós continuaremos nosso esforço para produzir carros inspirados pelo espírito da Mazda", comemorou o presidente e principal executivo da marca, Hisakazu Imaki.
sábado, novembro 17, 2007
Nunca como agora os juízes denotaram ser um poder paralelo ao instituído democráticamente
sexta-feira, novembro 16, 2007
A paciência tem limites
a notícia da Casa Pia
fico com os nervos em brasa
com a mexida na porcaria
Vem outra vez Pedro Namora
Proferindo as mesmas acusações
Com matéria que não prova
Mas deixando insinuações
E de novo os visados
São membros do PS
Quer vê-los acusados
Com a intriga que tece
Provas não as apresenta
Nem Catalina Pestana
Já pouca gente aguenta
Esta atitude tão estranha
Deveriam ser responsabilizados
Caso não consigam provar
Todos os factos enunciados
Mas que hão-de investigar
Já uma vez abordei esta questão e julgo pertinente voltar a abordá-la
Tal como anteriormente abordei julgo que deveria haver um instrumento legal através do qual fosse possível pedir responsabilidades a indivíduos que no exercício de cargos políticos cometessem graves erros de gestão dos dinheiros públicos e obviamente serem criminalizados por os terem praticado. Mas tal jamais será possível neste País em que são os próprios militantes dos partidos na qualidade de deputados quando eleitos para o efeito aprovam a legislação que regula o funcionamento e por isso não iriam nunca aprovar um diploma em que os visados fossem eles próprios.
Na surdina, empresas colhem dados sobre a vida dos internautas
da Folha de S.Paulo
Você pode até não dizer seu nome nem seu endereço, mas a internet guarda inúmeros dados sobre você --seja por um cadastro criado em uma rede social, como Orkut ou MySpace, ou pela aceitação de termos de segurança de um site que você nem mesmo leu.
O comportamento dos usuários e as atitudes de empresas põem a privacidade em questão. De um lado, internautas que consideram a interação benéfica se registram em redes sociais, colocam fotos no Flickr e vídeos no YouTube.
De outro, empresas montam bancos de dados baseados nos hábitos de navegação e nas informações que o usuário disponibiliza na rede, mesmo que ele nem sempre tenha a dimensão do quanto está se expondo.
No meio do caminho, pesquisadores e sociólogos questionam as implicações da privacidade on-line, e setores da sociedade se mobilizam para preservar os usuários.
"As pessoas dizem que estimam a privacidade, mas isso fica no plano abstrato", avalia Lee Rainer, diretor do Pew Internet & American Life Project, que desenvolve trabalhos sobre o impacto da internet na sociedade. "Muitos estão completamente dispostos a divulgar coisas como seu endereço de e-mail e até número de telefone em troca de algo de valor."
A necessidade de "existir on-line" é um reflexo da sociedade do espetáculo, dos 15 minutos de fama pregados pelo artista plástico Andy Warhol (1928-87), na opinião de Walter Lima Júnior, pós-doutor em tecnologia e comunicação.
"As pessoas querem mostrar que têm amigos, que são legais. Nunca vi ninguém ter 400 amigos na vida real', aponta. Essa tentativa de 'ser alguém, mesmo que só virtual", revela como a percepção sobre a comunicação digital ainda é muito recente e carece de discussões.
"O ser humano leva um tempo para entender novos mecanismos. Mas já existe um movimento de pessoas se retraindo, retirando informações como telefone e moradia de sites como o Orkut", afirma.
Rastreamento
Para o sociólogo Sérgio Amadeu, defensor do software livre e da inclusão digital, o conceito de privacidade está sob ataque. "Empresas querem rastrear os internautas visando obter dados sobre seus hábitos de consumo. Trata-se de uma invasão absurda no direito das pessoas de resguardar seus dados."
O desafio é aprender a gerenciar a visibilidade desses dados, afirma José Murilo Junior, do Global Voices Online. "Deve caber ao usuário definir os diferentes níveis de acesso às suas informações, e cabe aos serviços evoluir no sentido de prover essa funcionalidade de forma transparente."
da Folha OnlineComo se isto fosse novidade. Todos nós temos a nossa vida devassada já há muito tempo e essa devassa começa logo no apartamento em que vivemos. Se nos peidamos os vizinhos que moram por cima, por baixo e ao lado dão conta, se tossimos também, se discutimos no lar melhor ainda porque a tendência é para elevarmos o tom de voz. No local de trabalho sabem muito acerca de nós, mas não só, o nosso Banco também sabe. Daí achar ser perfeitamente indiferente o facto de as empresas ligadas à internet também o saberem.
quarta-feira, novembro 14, 2007
Portagens nas estradas nacionais era só o que faltava
só no resta uma alternativa
ninguém a tal obedecer
durante o resto da sua vida
Era só o que faltava
termos agora que pagar
pela utilização duma estrada
por onde temos de passar
Estão a ir longe demais
nas medidas que adoptam
já não aguentamos mais
alguns nem sequer suportam
Tanto encargo com impostos
taxas e demais contribuições
com salários que são impostos
sempre invocando restrições
A desculpa é sempre a mesma
dos governantes e empresários
que na produção somos lesmas
nem sequer merecemos o salário
Isto está a precisar
que façamos um levantamento
e mandá-los todos passear
bem montados num jumento
terça-feira, novembro 13, 2007
O exibicionismo dos governantes
Para neles se fazerem transportar
Continuam tranquilos na cama
Mesmo com esta forma de governar
A contenção orçamental
Não é por eles observada
Compram pelo processo formal
Automóveis de alta cilindrada
A imoralidade governativa
É por demais evidente
Não tem peso nem medida
Ofendendo toda a gente
Que gostaria de ver o País
Ser devidamente administrado
Este povo tem de ser juiz
De tanto despudor praticado
Como é possível justificar
estas sucessivas opções
de em carros deixar de andar
que ainda estão em condições
Excluem-se frotas
de carros c/matrícula recente
querem fazer de nós idiotas
desta forma indecente
Mas não podemos consentir
que isto dure por mais tempo
a liberdade deve-nos permitir
não continuar neste tormento
Impõe-nos sacrifícios
que temos de suportar
mas estes malefícios
não devemos ignorar
segunda-feira, novembro 12, 2007
A ser verdade este embuste o casal McCann se voltar a entrar em Portugal deveria ser imediatamente detido
O MAIOR EMBUSTE DE TODOS OS TEMPOS…
MADDIE NUNCA ESTEVE EM PORTUGAL! PROVAVELMENTE NEM NUNCA EXISTIU!
Se for possível provar que efectivamente esta pretensa tragédia não passou dum enorme embuste o casal nele envolvido se se atrever a pisar solo português deverá ser imediatamente detido e condenado por fraude ao Estado Português
sábado, novembro 10, 2007
Docentes atingidos em várias frentes
que se diz da Educação
a merecer o impropério
de toda a população
As autarquias não pagam
os vencimentos a professores
que todos os meses trabalham
e não vivem de favores
Vários meses já passaram
sem as mesmas terem cumprido
os projectos que aceitaram
do currículo enriquecido
Actividade ministrada
por diversos professores
e ainda não receberam nada
das autarquias devedoras
Não podemos tolerar
que o chamado poder local
não cumpra e deixe de pagar
este compromisso formal
Recebem verbas do Estado
para cobrir estes encargos
mas com o dinheiro guardado
não pagam os seus ordenados
Aqui deixo o meu protesto
contra esta atitude
e que este meu gesto
tenha outra amplitude
A GALP está a subir
nos lucros arrecadados
será que vamos ouvir
aos eternos iluminados
Que é chegada a hora
da sua privatização
por ser oportuno agora
fazê-la mudar de mão
Para um grupo económico
dos que existem em Portugal
pois o seu lucro astronómico
no Estado assenta mal
Não faltarão candidatos
para esta empresa comprar
aos habituais preços baratos
para o negócio se facilitar
De amigos ou conhecidos
e até familiares directos
já são golpes conhecidos
nem sequer são discretos
Os EUA para além de serem os responsáveis por diversos conflitos mundiais são também os principais responsáveis pelo brutal aumento do petróleo
O Iraque sendo um dos principais produtores de petróleo, estando o seu País praticamente devastado pela guerra, tem necessidade de urgentemente por esta sua principal fonte de rendimento a funcionar em pleno por forma a canalizar fundos para fazerem face à reconstrução do País, sem que tenha de observar as quotas de fixadas pela OPEP, com base neste forte argumento.
E enquanto isto não acontecer ou seja as tropas da coligação responsáveis pela invasão e ocupação do Iraque não retirarem definitivamente deste território, a crise petrolífera não só se irá manter como inclusivamente agravar, prevendo-se chegar ao fim do ano com o barril de petróleo a atingir os 100 dólares, senão mesmo até ultrapassá-los.
Ora sabendo-se como se sabe que a economia dos países passa essencialmente por esta fonte de energia, o agravamento do seu custo prejudica sobremaneira o seu desenvolvimento com uma enorme repercussão no rendimento das famílias.
sexta-feira, novembro 09, 2007
Sempre tive muito má impressão das empresas de construção civil
'Canibal' britânico admite ter matado e comido a namorada
O crime ocorreu em Janeiro de 2004, pouco depois de a britânica Karen Durell, então com 41 anos, ter se mudado da Grã-Bretanha para o balneário espanhol de Calpe, na costa mediterrânea espanhola.
A britânica, que era divorciada e tinha dois filhos, desapareceu pouco depois de ter conhecido Durant. Na época, ele estava foragido, sendo procurado na Grã-Bretanha por tentativa de roubo à mão armada.
Em uma busca no apartamento de Durell, a polícia encontrou sangue em uma banheira, além de facas manchadas de sangue e um serrote. O corpo jamais foi encontrado.
'Vozes'
O britânico foi preso em Fevereiro de 2004. De sua cela, ele escreveu cartas dizendo que vozes que emanavam de sua televisão o mandaram cometer o crime.
"Depois que a matei, eu a cortei em pequenos pedaços e comi tudo o que achei que seria comestível", escreveu Durant em uma carta enviada a um jornal, na época. "Finalmente, joguei fora o resto em sacos de lixo."
Ele também confessou que chegou a conversar com a namorada sobre seu desejo de comer carne humana.
"Eu disse a ela que tinha vindo para a Espanha para matar e comer pedófilos", escreveu Durant. "Meu estado mental estava bem perturbado nessa época - eu acreditava que ela era um presente de Deus para mim. E acho que ela sabia que tinha que morrer."
A corte deve dar a sentença dentro de algumas semanas, e a previsão é de que a pena chegue a 12 anos de prisão.
da BBC Brasil
Um acto destes só admissível num estado de demência, deveria implicar a prisão perpétua do seu autor e o seu tratamento psiquiátrico, uma vez que ele após cumprir os 12 anos de cadeia, pode voltar a repetir o acto.
quinta-feira, novembro 08, 2007
O Suzuki Splash será o novo modelo a ser apresentado no Salão Automóvel de Madrid do próximo ano



Infelizmente os fabricantes japoneses com excepção da Toyota e da Honda, deixaram-se absorver por fabricantes de automóveis europeus e americanos e o resultado está à vista. Este Suzuki que vai ser lançado tal como outros modelos já comercializados vêm equipados com motores dos modelos europeus e americanos, cuja qualidade está muito áquem dos motores que então eram produzidos pelos fabricantes japoneses. E o resultado é que deixaram de ser tão fiáveis como eram antes de serem estas marcas compradas pela General Motors, Renault, Ford etc.
quarta-feira, novembro 07, 2007
Jovem armado deixou pelo menos oito mortos e dez feridos ao abrir fogo nesta quarta-feira durante uma aula na Escola Secundária Jokela,na Finlândia

De acordo com testemunhas, ao disparar os tiros, o estudante de 'Pelas janelas' Depois do incidente, o prédio da escola foi cercado por policiais e "Fiquei no corredor para ouvir mais instruções e tranquei a porta da "Pouco depois, vi o homem armado correndo com o que parecia ser O professor disse que, ao deixar o prédio, viu o corpo de uma mulher. A escola, que fica em uma cidade localizada a cerca de 50 quilómetros O incidente desta quarta-feira foi o primeiro episódio do tipo já da BBC Brasil Será que este jovem se inspirou nos procedimentosde jovens americanos em estabelecimentos de ensino em que de quando em vez resolvem vindimar com armas de fogo colegas e professores |
Mal empregado o tempo que perdi a assistir a este debate
A reforma que falta fazer em Portugal e que nos compete a nós realizar
Mas essa reforma não compete à classe politica existente, mas sim a todos nós que reconhecemos essa urgente necessidade, cabendo-nos por isso essa tarefa. E não é necessária mais nenhuma revolução, apenas e só utilizarmos o direito que nos assiste do exercício democrático de mudar o rumo que os políticos estão a dar ao nosso País e com o qual não estamos de acordo.
terça-feira, novembro 06, 2007
Vai iniciar-se a época circense
Não terei oportunidade de assistir ao espectáculo em directo mas espero poder vê-lo em diferido pois estou certo que as televisões cientes do seu dever de prestação de serviço público nos proporcionarão momentos altamente hilariantes protagonizados pelo líder da bancada do PSD, sobretudo tendo em vista o seu vasto conhecimento das matérias económicas que irão ser discutidas face à propostas governamentais para 2008, não devendo descurar a sua brilhante actuação aquando 1º. ministro do governo de coligação que precedeu o actual.
Instituto sueco diz estar perto de vacina contra a Aids
da BBC Brasil
Cientistas do Instituto Karolinska da Suécia, uma das mais respeitadas instituições de pesquisa do mundo, anunciaram na TV sueca que esperam obter uma vacina eficaz contra o vírus da Aids dentro de dois a três anos.
Os testes clínicos da vacina --fruto de um estudo iniciado há sete anos-- mostraram que 97% dos 40 voluntários inoculados desenvolveram resposta imunológica contra o vírus HIV.
A vacina agora está sendo testada em 60 voluntários na Tanzânia, e os primeiros testes indicam a possibilidade de obter resultados semelhantes aos alcançados na Suécia.
"Os resultados das fases 1 e 2 dos testes têm sido extremamente promissores", disse em entrevista à BBC Brasil a cientista Britta Wahren, responsável pelo projecto da vacina no Instituto Karolinska.
Durante os últimos 20 anos, cerca de 200 vacinas foram desenvolvidas em diferentes países, mas nenhuma conseguiu, até agora, obter resultados eficazes nos testes com humanos em larga escala.
Em setembro passado, foram suspensos os testes de uma vacina experimental que era considerada uma das mais avançadas, após falhas registradas nos resultados preliminares.
O estudo, conduzido pelo laboratório Merck em nove países, incluindo o Brasil, mostrou depois de 13 meses de testes que a vacina não conseguiu impedir a contaminação de voluntários com o vírus HIV.
Em princípio, diz Britta Wahren, os estudos para o desenvolvimento de vacinas contra o vírus HIV são semelhantes, mas a cientista aponta duas particularidades no projeto sueco: "O vírus da Aids é um vírus cruel, que possui vários subtipos. Por isto, decidimos criar uma vacina contra vários tipos do vírus HIV".
"Nossa vacina foi desenvolvida de forma a proteger as pessoas contra as variantes mais comuns do vírus em circulação na África e no Ocidente como um todo", explicou Wahren à BBC Brasil.
"Outro diferencial é que a vacina é complementada por um segundo tipo de vacina, que aumenta a resposta imunológica do paciente. Este princípio foi demonstrado em diversos estudos pré-clínicos ", acrescentou.
A vacina desenvolvida pelo Instituto Karolinska, em cooperação com o Instituto Sueco para Controle de Doenças Infecciosas (SMI), combina, portanto, dois tipos de vacinação.
Primeiro, o paciente recebe várias doses de uma vacina elaborada a partir de genes de diversas variantes do vírus HIV em circulação no mundo. Em seguida, é aplicada uma segunda vacina, destinada a ampliar a resposta imunológica.
Esta segunda vacina contém um vírus vaccinia - usado para erradicar a varíola - modificado e outros genes do vírus HIV. A segunda vacina foi produzida pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, e doada para utilização no estudo sueco.
No próximo ano, o estudo sueco entrará na chamada Fase 2-B, com os testes clínicos em larga escala.
Será uma fase crucial, com duração prevista de dois anos. A etapa final será a Fase 3, que vai determinar o grau de protecção da vacina.
Para Eva Maria Fenyö, do Departamento de Microbiologia e Virologia da conceituada Universidade de Lund, no Sul da Suécia, a vacina representa uma nova esperança para conter a propagação da Aids.
"O estudo do Instituto Karolinska combina todo o conhecimento actual e tenta diferentes vias de administração da vacina", disse a pesquisadora à BBC Brasil.
As diferenças em relação à vacina desenvolvida pelo laboratório Merck são muitas, observa Fenyö.
"Por exemplo, na vacina da Merck um vírus diferente (adenovirus) carregava os genes do HIV-1, e uma ou duas doses eram aplicadas. O estudo do Karolinska aplica três doses iniciais com diversos subtipos de vírus HIV-1, seguidas por uma segunda vacina destinada a reforçar a resposta imunológica", ressaltou a pesquisadora.
Contactado pela BBC Brasil, o Director Médico do laboratório Merck na Suécia, Roger Juhlin, não quis comentar o projecto sueco.
"Todos nós temos esperanças de que uma vacina eficaz seja descoberta. Mas em nossa empresa, adoptamos a prática de não comentar outros projectos desenvolvidos nesta área", disse Juhlin.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a Aids já provocou mais de 20 milhões de mortes, e hoje cerca de 40 milhões de pessoas são portadoras do vírus HIV no mundo - 70% delas no continente africano.
No Brasil, uma estimativa da Organização Mundial da Saúde feita em 2006 diz que cerca de 620 mil pessoas vivem com o HIV.
Comentário:É com um enorme prazer que reproduzo esta notícia desejando que efectivamente se concretize com êxito o resultado deste projecto
segunda-feira, novembro 05, 2007
Nobel acusado de racismo está correto, diz cientista político
SÉRGIO DÁVILA
da Folha de S.Paulo, em Washington
Antes de James Watson, o Prêmio Nobel de 79 anos caído em desgraça depois de fazer comentários racistas, houve Charles Murray. Embora seja mais novo que o co-descobridor da estrutura do DNA, o cientista político norte-americano sessentão sofreu o mesmo tipo de crítica ao lançar "The Bell Curve" (A Curva do Sino, Free Press, 1994).
No livro, que escreveu com o psicólogo e professor de Harvard Richard Herrnstein (1930-1994), Murray defendia basicamente que a inteligência é o fator mais importante no sucesso das pessoas. Mas o barulho veio do que ambos escreveram em dois capítulos, que testes de QI (quoficiente de inteligência) apontavam que há diferenças entre raças, com brancos se saindo em média melhor do que negros.
Defensor da eugenia foi o adjetivo mais brando que ouviu então. Um telejornal chegou a colocar sua foto ao lado da de Hitler. Para comentar o caso de Watson, a Folha foi ouvir Murray, hoje um dos acadêmicos do conservador American Entreprise Institute, em Washington. Na longa entrevista por telefone, ele concorda com o ponto central do argumento do Nobel, defende a superioridade intelectual dos judeus e diz que a ação afirmativa será "uma desgraça" para o Brasil. A polêmica continua.
*
FOLHA - Para começar, o sr. concorda com o que James Watson disse sobre os negros?
CHARLES MURRAY - Com o quê, exatamente?
FOLHA - Ele disse que era pessimista com o futuro da África pois "todas as nossas políticas sociais são baseadas no fato de que a inteligência deles [negros] é igual à nossa, apesar de todos os testes dizerem que não".
MURRAY - Concordo. Não há discussão sobre o que os testes de inteligência dizem. Existem dados vindos de muitos países africanos e de diversos testes, inclusive alguns sem perguntas culturais, e estudos feitos por psicólogos negros, não são só pessoas brancas. E os resultados são muito confiáveis: ao longo dos países da África Sub-Sahariana, são extremamente baixos. Pode-se discutir é o que isso significa, mas os números são realmente baixos.
FOLHA - Ele disse que "pessoas que já lidaram com empregados negros não acreditam que isso [a igualdade de inteligência] seja verdade" e que "há muitas pessoas de cor muito talentosas, mas não os promova quando eles não tiverem sido bem-sucedidos nos níveis mais baixos".
MURRAY - Trabalho com empregados negros maravilhosos, e esse não é o tipo de prova que faça eu me preocupar com as diferenças de habilidade intelectual entre negros e brancos. Foi uma frase injusta da parte dele. Mas concordo com a segunda parte. Que você não promova pessoas só porque eles são membros de um grupo em desvantagem, o que é um problema nos EUA. Nós temos leis de ação afirmativa, que dá incentivos a empregadores para dar tratamentos especiais e favoráveis para negros. É uma política terrível. Para todos: para os negros, para os brancos, e pior ainda para as relações entre negros e brancos.
FOLHA - Ele disse que "não há uma boa razão para crer que as capacidades intelectuais de pessoas geograficamente separadas evoluam de maneira idêntica".
MURRAY - Absolutamente correto. Os seres humanos evoluem diferentemente de todo tipo de maneira em partes diferentes do mundo. A ciência atual está ao lado de Watson. Costumava-se dizer que os seres humanos eram tão parecidos geneticamente, com 99,6% de genes idênticos, que não poderia haver diferenças importantes. Ouvíamos frases como "Não houve tempo suficiente desde que os humanos deixaram a África para que tenham se desenvolvido diferentemente".
Pois a ciência está nos dizendo claramente nos últimos anos que, ainda que o ser humano tenha a mesma imensa maioria de genes, aquele número comparativamente pequeno que difere pode produzir diferenças muito grandes entre grupos. Quanto à probabilidade de ter certas doenças, por exemplo, como a Doença de Tay-Sachs nos judeus ou a anemia falciforme nos negros. Certamente afeta a aparência física e não há razão para pensar que não tenha havido pressões evolucionárias diferentes em relação à habilidade intelectual. Não sabemos ainda se é verdade, mas certamente não há nenhuma razão para pensar que não é verdade.
FOLHA - Como o sr. sabe, ele foi chamado de racista e teve de se aposentar. O sr. sofreu acusação semelhante.
MURRAY - O erro de Watson foi falar informalmente com um repórter sobre essas questões. O primeiro artigo que ele escreveu, que causou tanto problema, não tinha algumas das frases que você me leu. Elas vieram de uma entrevista posterior. Você vê a diferença entre o que foi escrito para o artigo, cuidadoso, preciso e acurado. Ele disse coisas na entrevista, como aquilo sobre empregados negros, que não deveria ter falado, cometeu um grande erro. Dito isso, a reação do Museu de Ciências de Londres, que cancelou sua conferência, e do Laboratório Cold Spring Harbor, que o demitiu, são uma desgraça.
FOLHA - Desgraça?
MURRAY - Afinal, o homem está discutindo uma questão intelectual polêmica. É isso o que a ciência deve fazer. Dizer que você não pode lidar com isso e que há algumas coisas que estão fora da jurisdição é simplesmente ridículo! Especialmente quando essa questão específica tem um corpo muito sério de estudos científicos conduzidos. Eles não nos dão todas as respostas, mas tornam a questão extremamente legítima.
FOLHA - O sr. compara a reação a Watson agora à que o sr. teve 13 anos atrás?
MURRAY - Bem, as coisas ficaram realmente complicadas depois que lançamos "The Bell Curve". As resenhas, na maioria das vezes, interpretavam nossa posição de maneira completamente errada, fomos chamados de racistas, intolerantes, programas noticiosos falavam do livro com a fotografia de Hitler e de "Mein Kampf" lado a lado. Foi muito desagradável. Mas havia uma diferença: eu era empregado pelo American Entreprise Institute, que realmente acredita em diálogo intelectual livre.
Não há nada em "The Bell Curve" que beneficie meu empregador, pelo contrário. Inteligência não tem nada a ver com o tipo de pesquisa de política pública que a maioria das pessoas onde trabalho faz. Mas o instituto me amparou sem piscar, sem ficar na defensiva. É uma grande ironia: ao trabalhar num "think tank" que muitos acreditam ser politizado eu tenho muito mais liberdade intelectual nos EUA hoje do que se fosse de Harvard ou Stanford ou em qualquer outra grande universidade ou mesmo na Cold Spring Harbor. Esses lugares bloquearam seu desejo de encorajar diálogo intelectual livre.
FOLHA - No livro de 1994, o sr. argumentava que aqueles com alta inteligência, que batizou de "elite cognitiva", estavam se descolando da população em geral, e que aquela era uma tendência social perigosa. Mais de uma década depois, o que aconteceu?
MURRAY - Parece que os próximos 15 anos foram especialmente planejados para provar que estávamos certos. Todas as tendências de isolamento aumentaram. Toda vez que você lê uma reportagem sobre o aumento da desigualdade econômica, por exemplo, pergunte-se por quê e se lembre da tese de "The Bell Curve": são os cérebros! Não só educação, mas cérebros estão se tornando cada vez mais valiosos no mercado de trabalho.
Veja o que aconteceu com a internet e a rapidez com que surgiram milhares de pessoas muito ricas. E qual era a base de sua riqueza? Suas habilidades intelectuais, que o capacitaram a operar nesse ambiente extremamente intelectual chamado ciência de computação. Veja o aumento da competição baseada em habilidades intelectuais por vagas em Harvard, Princeton, Stanford. Você pode fazer uma longa lista de desenvolvimentos desde 1994 e todos apontarão para uma estratificação cognitiva maior, assim como uma separação e isolamento maiores. É preocupante.
FOLHA - O sr. acaba de escrever um texto em que defende que judeus são mais inteligentes que o resto, que têm QI maior. Isso não é racismo ao contrário?
MURRAY - [Risos] A questão de por que os judeus têm uma inteligência média maior do que as outras pessoas é fascinante e ainda não muito clara, mas a explicação principal tem de ser genética. Digo "tem de ser" porque há muitas provas circunstanciais. Por exemplo: há muitas doenças que afetam mais judeus do que não-judeus, especificamente os asquenazes. Essas doenças são também associadas a formas de desenvolvimentos neurológicos que são compatíveis com maior capacidade do cérebro.
Não é definitivo, mas há uma tese muito plausível segundo a qual as mesmas mudanças genéticas que criam esses problemas nos judeus também ajudam a aumentar seu QI. Outra explicação deve ser considerada: a religião é muito exigente intelectualmente. Você tem de saber ler textos complicados, dominar o Torá e o Talmude, ambos muito difíceis, e ser capaz de ler em público, se você é do sexo masculino. Tudo isso significa que ser judeu é difícil. Com o passar dos séculos, pessoas intelectualmente incapazes de fazer isso devem ter acabado deixando a fé. Tenho de enfatizar que não sabemos com certeza, são só hipóteses interessantes.
FOLHA - Seu outro texto recente defende o fim dos SATs [testes que supostamente medem o conhecimento do recém-formado no segundo grau e que são determinantes para universidades norte-americanas aceitarem seus novos alunos]. Por quê?
MURRAY - O problema não é o teste em si. Com o passar do tempo e com a estratificação cognitiva, o resultado é que mais e mais estudantes que têm os melhores resultados nos SATs vêm de famílias de classe média alta. Não é porque eles fazem cursinho, é porque são filhos de pais mais inteligentes _que por isso chegaram à classe média alta. E eles passaram a seus filhos suas próprias habilidades intelectuais e também deram um bom ambiente para desenvolvimento.
Então, há cada vez menos lugar para as pessoas das partes mais baixas da sociedade, economicamente falando, que são esses diamantes em estado bruto, que só precisam de uma chance para mostrar seu talento. Não quero exagerar: ainda há muita criança realmente inteligente vinda de lares operários nos EUA, mas não tanto quanto antes, e isso é resultado de três gerações de meritocracia sendo muito eficientes.
FOLHA - Debate-se no Brasil agora os prós e contras da ação afirmativa. Qual sua posição?
MURRAY - Primeiro, deixe-me dizer que não conheço nem estive no Brasil. Mas a reputação do país é a de que as relações entre pessoas de diferentes etnias sempre foi boa. Vocês se apresentam como um país que não é obcecado com a questão negros versus brancos, como são os EUA. Se isso é verdade, a ação afirmativa é a melhor maneira possível para destruir essa vantagem.
Se vocês querem garantir que os brasileiros comecem a se odiar, odiar talvez seja uma palavra muito forte, mas estranhar um ao outro como nunca antes aconteceu, criar divisões, então a melhor receita é implantar a ação afirmativa. Funciona maravilhosamente para criar ressentimento. Se você tenta ajudar os negros, os brancos vão dizer: "Espere, se eu tenho a mesma habilidade e um processo seletivo justo, porque alguém deve ter vantagem em relação a mim por conta da cor de sua pele?."
Ao mesmo tempo, prejudica as pessoas que estão supostamente sendo ajudadas, no caso os negros. Toda vez que eles vão trabalhar, por exemplo, todas as pessoas brancas daquele escritório presumirão que eles conseguiram o emprego porque são negros. A presunção é: provavelmente essa pessoa não é tão capaz quanto nós porque conseguiu esse emprego por ação afirmativa. É uma idéia terrível! Sei pouco sobre o Brasil, mas sei muito sobre os EUA e a ação afirmativa em outros países. Eu imploro aos brasileiros: não façam isso.
FOLHA - Uma última provocação: voltando ao começo da entrevista, o sr. diria que o judeu Paul Wolfowitz [ex-presidente do Banco Mundial, um dos arquitetos da Guerra do Iraque] e o negro Nelson Mandela são exceções que explicam sua regra?
MURRAY - [Risos] Wolfowitz é incrivelmente inteligente. Não se deve tirar conclusões sobre sua capacidade baseado só nos problemas no Iraque. Ele não gerencia bem, o que a experiência no Banco Mundial deve ter mostrado a ele próprio. Ser um bom gerente exige outros talentos além de QI alto. Então ele não é a exceção que prova a regra.
Já Nelson Mandela, extremamente capacitado intelectualmente, certamente prova a regra que você não deve julgar baseado em raça. Se ele estiver sentando em frente a você, você não vai se preocupar no QI médio dos negros, você vai pensar em Nelson Mandela. Mas seu maior talento, mesmo ele sendo muito inteligente, é liderança, integridade e coragem. Habilidade intelectual é importante, não há dúvida, não deveríamos tentar negar. Mas é essa teia complicada de habilidades que faz pessoas bem-sucedidas profissional e pessoalmente.
A polêmica, passo a passo
1. Em 14 de outubro, JAMES WATSON deu uma entrevista à revista dominical do jornal londrino "Sunday Times" em que se dizia "pessimista" sobre o futuro da África pois as políticas sociais para o continente eram baseadas no fato de que a inteligência dos negros é igual à dos brancos, "apesar de todos os testes dizerem que não", entre outras declarações racistas
2. Ganhador do Prêmio Nobel de Medicina de 1962 por ser um dos descobridores da estrutura do DNA em 1953, o biólogo molecular norte-americano de 79 anos é conhecido no meio acadêmico por suas opiniões polêmicas, o que lhe valeu o apelido de "Honest Jim";
3. Ele já havia defendido posição semelhante às declarações dadas ao jornal no livro "Avoid Boring People" (Evite Pessoas Chatas, Random House, recém-lançado);
4. Centenas de cientistas no mundo inteiro escreveram artigos ou se manifestaram a respeito das opiniões de Watson, a maioria contrária a elas; o Museu de Ciências de Londres e a Universidade de Edimburgo cancelaram conferências que ele daria naquela semana; o laboratório de Cold Spring Harbor o demitiu; o cientista se desculparia e se retrataria em pelo menos dois artigos posteriores;
5. Co-autor do polêmico livro "The Bell Curve" (a curva do sino, 1994), em que escreve entre outras coisas que brancos se saem melhor que negros em testes de inteligência, o cientista político CHARLES MURRAY é um dos únicos até agora a vir a público defender algumas posições
da Folha Online
Fiz questão de transcrever esta entrevista para de alguma forma ajudar a esclarecer todos quantos se insurgiram contra a opinião do cientista Watson de que afinal a sua conclusão não pode ser transformada numa manifestação racista mas sim do ponto de vista técnico duma realidade fundamentada.domingo, novembro 04, 2007
Não poderia deixar de estar mais de acordo com a opinião de Pulido Valente na sua crónica de ontem
Mas é fácil aos sindicatos dos docentes e porque não aos próprios docentes, com a conivência dos encarregados de educação, acusar sistematicamente o Ministério da Educação da ineficácia do ensino público e de todos os males que deles resultam. Ora o programa de ensino que é ministrado no sector privado que em termos de ranking é considerado de elevada qualidade é exactamente o mesmo que é ministrado no ensino público e se neste o insucesso escolar é notoriamente elevado será que os sindicatos desta classe profissional consegue convencer alguém de que a culpa é dum qualquer Ministro da Educação. Sejam honestos e ao menos façam uma correcta avaliação dos motivos e apresentem-nos conclusões porque chegarão às mesmas que qualquer um de nós, já chegou. Um mau profissional a leccionar durante sua carreira pode prejudicar ao longo da mesma muitas centenas de alunos, se não houver instrumentos para evitar que ele continue a exercer a sua profissão em detrimento dos seus alunos.
sábado, novembro 03, 2007
Neurônio colorido expõe trama cerebral
RICARDO BONALUME NETO
da Folha de S.Paulo
Um século depois de o prémio Nobel ser dado a um cientista que usou a coloração de células para explicar o funcionamento do cérebro e do sistema nervoso, uma equipe de pesquisadores conseguiu usar a engenharia genética para colorir neurónios com dezenas de cores diferentes.
O efeito produz belas imagens visíveis em microscópio, mas é bem mais que isso. A técnica tem o potencial de ajudar a explicar melhor os circuitos neuronais, deixando claro a diferença entre cérebros normais e doentes. E, com isso, ajuda no tratamento de doenças.
O espanhol Santiago Ramón y Cajal (1852-1934) ganhou o prêmio Nobel de Medicina de 1906 por ter explicado o papel fundamental da células nervosas (neurônios) e das redes que elas criam. Ramón y Cajal usou a técnica de coloração celular criada por Camillo Golgi, que aplicara uma solução de cromato de prata, um sal, para escurecer células cerebrais.
O centenário do pioneirismo foi lembrado na primeira frase do artigo apresentando o novo estudo, publicado na edição de hoje da revista científica britânica "Nature": "Cajal revolucionou a neurobiologia quando usou a coloração de prata de Golgi para rotular pequenos núcleos de neurónios em sua totalidade, com isso identificando os elementos celulares dos circuitos neurais".
Um século depois, os cientistas usaram manipulação de DNA para produzir proteínas fluorescentes de diversas cores e com isso "iluminar" os neurónios de camundongos.
O trabalho foi feito por uma equipe de oito pesquisadores do Departamento de Biologia Celular e Molecular e do Centro para Ciência do Cérebro da Universidade Harvard, de Cambridge, Massachusetts, leste dos EUA, liderados por Jean Livet (fazendo um pós-doutorado), Jeff Lichtman e Joshua Sanes.
O resultado é uma espécie de "arco-íris" no cérebro. Em inglês, arco-íris é "rainbow" --literalmente, "arco de chuva" ("rain" é chuva, "bow" é arco). Os cientistas chamaram a técnica de "brainbow", trocando chuva por "cérebro" ("brain"). As cores facilitam a visualização dos eventuais circuitos.
"Se você tivesse um cabo de computador com 100 fios todos da mesma cor e tivesse que rastrear cada um deles, seria praticamente impossível", declarou Sanes à agência de notícias "Reuters". "Mas se os fios tivessem 100 cores diferentes, seria bem mais fácil segui-los para ver onde vão e como se ramificam", disse o pesquisador.
Os cientistas acreditam que a técnica do arco-íris cerebral facilitaria o estudo de doenças como autismo, retardamento mental, distúrbio bipolar e mesmo problemas mais simples, como dificuldades de aprendizagem.
Estudos em psiquiatria têm demonstrando cada vez mais que essas doenças mentais e de comportamento estariam ligadas a problemas nos circuitos. O "brainbow" permitiria checar os possíveis "curtos-circuitos" nessas redes neurais.
Idéia iluminada
Usar a bioluminescência tem sido uma técnica comum entre cientistas para visualizar aspectos do metabolismo e do desenvolvimento de seres vivos. Em geral, isso se faz usando uma proteína que produz uma cor fluorescente verde.
O truque básico agora foi usar técnicas de transgenia (importar DNA de outros organismos) para produzir uma maior paleta de cores --cerca de 90 tonalidades distintas.
"Da mesma maneira que um monitor de televisão codifica cores ao misturar três canais primários --vermelho, verde e azul--, a combinação de três ou mais matizes corantes pode gerar muitas tonalidades diferentes", escreveram os cientistas.
da Folha Online