Violência em Paris está “ganhando força” diz polícia
Na madrugada desta quinta-feira, tiros foram disparados
contra policiais e bombeiros em quatro diferentes áreas da
cidade.Ninguém ficou ferido com os tiros, segundo Jean-Fracois
Cordet, chefe da administração de Seine-Saint-Denis, região
no norte de Paris que tem sido mais afetada pelos distúrbios.
Durante a noite, grupos de jovens foram às ruas com paus e
garrafas e atearam fogo em 315 veículos, metade deles em
Seine-Saint-Denis, onde nove pessoas ficaram feridas.
Os jovens incendiaram concessionárias de veículos, ginásios
esportivos, escolas e prédios públicos.
Ontem, no sétimo dia consecutivo de violência na capital
francesa, houve mais confrontos entre moradores de subúrbios
e a polícia em Paris, apesar dos esforços do governo
para combater o problema.
Em Aulnay-sous-Bois, também na região de Seine-Saint-Denis,
uma estação policial chegou a ser cercada por um grupo de
jovens, segundo um porta-voz do serviço de bombeiros.
Os manifestantes também teriam posto fogo em um ginásio e
em um estacionamento.
Duas escolas primárias, um posto de correio e um shopping
center também foram incendiados em subúrbios ao norte da
capital francesa.
Segundo o correspondente da BBC em Paris Alasdair Sandford,
a situação também permanece tensa em Clichy-sous-Bois,
com incidentes como de uma gang jogando pedras e bombas
incendiárias contra veículos da polícia.
Estopim
Os distúrbios iniciados no bairro de Clichy-sous-Bois foram
provocados pela morte de dois adolescentes que estariam
fugindo da polícia, segundo os moradores locais.
Eles morreram electrocutados ao tentar escapar em uma
estação de transmissão eléctrica.
A polícia, no entanto, nega que estivesse perseguindo
os adolescentes, de 15 e 17 anos, no momento das mortes.
Uma investigação oficial foi aberta para apurar as
circunstâncias das mortes.
Desde então, as tensões vêm se alastrando pelos
subúrbios da capital francesa.
Nesta quarta-feira, o presidente francês, Jacques Chirac,
pediu calma às comunidades de imigrantes. Chirac pediu mais
diálogo, dizendo que uma crescente falta de respeito às
autoridades levaria a uma "situação perigosa".
A crise tem gerado críticas às supostas falhas do governo
em lidar com a situação dos imigrantes, afetados por uma
taxa de desemprego acima da média nacional.
O primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, e o
ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, adiaram viagens
ao exterior para tentar acalmar a situação em Paris.
Ambos se reuniram com os pais dos dois jovens, policiais
e líderes comunitários na terça-feira num esforço para
aliviar as tensões.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro francês convocou
os ministros para discutir o problema.
Após a reunião, Villepin disse em discurso no Congresso
que uma minoria problemática não deve servir para condenar
toda a população dos subúrbios.
"Vamos evitar estigmatizar áreas", disse Villepin. "Vamos
evitar confundir uma minoria perturbadora com a vasta
maioria de jovens que querem se integrar à sociedade e
serem bem sucedidos."
Correspondentes da BBC dizem que os comentários de Villepin
foram uma resposta ao seu adversário político, o ministro
do Interior Nicolas Sarkozy, que chamou os manifestantes
de "corja".
Notícia da BBC Brasil
A manterem-se estes actos da vandalismo os franceses podem
muito bem optar por levar ao poder o Le Pen e se isso acontecer
podem os imigrantes ficar cientes que são corridos de França,
logo que ele assuma o poder.
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