quinta-feira, novembro 22, 2007

Cupim pode salvar álcool à base de celulose, diz estudo

da Folha de S.Paulo

O intestino do cupim pode parecer um lugar estranho para procurar uma solução para a crise energética do mundo, mas cientistas acreditam que lá pode estar a chave para melhorar e baratear os biocombustíveis.

As bactérias presentes em seu organismo, e que permitem que eles digiram celulose, podem vir a ser usadas no futuro como agentes bioquímicos para transformar madeira em biocombustível, afirma estudo na "Nature".

"O intestino dos cupins é minúsculo, mas funciona como um bioreator de uma eficácia surpreendente", disse à France Presse Andreas Brune, do instituto Max Planck de microbiologia terrestre em Marburg, na Alemanha.

Os trabalhos sobre o metagenoma dos cupins Nasutitermes, ou seja, a análise genética das células microbianas presentes em seu intestino, permitiu a constatação da presença de inúmeras bactérias responsáveis pela hidrólise da celulose e do xilénio, dois polímeros que podem ser utilizados para fabricar biocombustíveis.

"O meio microbiano do intestino dos cupins pode, teoricamente, transformar uma folha de papel A4 em dois litros de hidrogénio", acrescentou Brune, detalhando que a "biodiversidade e a bioquímica ainda pouco exploradas do intestino dos cupins é uma fonte promissora de novas capacidades catalíticas".

O estudo é "a primeira análise global de um sistema microbiano especializado na transformação da lignocelulose vegetal", afirmaram seus autores, entre eles Falk Warneke do Joint Genome Institute americano.

da Folha Online

A confirmar-se este resultado do estudo teremos o pessoal a dedicar-se em força à criação de cupins para a produção de hidrogénio.

1 comentário:

SILÊNCIO CULPADO disse...

Amigo,
Convido-te a participares no desafio da blogosfera que me foi transmitido pelo meu amigo Peter do blogue Conversas de Xaxa.
Ou seja, copiar a 5ª.linha da página 165 do livro que estiver mais à mão.
Mais que um exercício que nos dará a conhecer as tuas leituras, é também uma forma solidária de te apertar a mão.