terça-feira, janeiro 10, 2006

Guerra do Iraque pode custar mais de US$ 2 triliões
aos EUA
da France Presse, em Washington

A Guerra do Iraque custará provavelmente aos Estados
Unidos entre US$ 1 trilião e US$ 2 triliões, apesar de as
afirmações da Casa Branca de que os gastos seriam
governáveis, destacou um novo estudo realizado em
co-autoria com um americano Prêmio Nobel de Economia.

A pesquisa, publicada nesta segunda-feira por Joseph
Stiglitz, da Universidade de Columbia, laureado em 2001
com o Prêmio Nobel e ex-chefe dos economistas do Banco
Mundial, e a professora de economia Linda Bilmes, da
Universidade de Harvard, considera que as estimativas
oficiais sobre o custo da guerra não levam em conta gastos
importantes que podem afetar os próximos orçamentos
dos EUA.

O estudo inclui o aumento dos gastos médicos para tratar
soldados feridos, a acelerada desvalorização do material
bélico no campo de batalha e o efeito indireto na alta do
preço dos combustíveis na economia americana, que em
parte pode ser atribuído a esta campanha militar.

"Mesmo assumindo uma aproximação conservadora,
ficamos surpresos com a magnitude", escreveram Stiglitz
e Bilmes sobre os gastos derivados da guerra. "Podemos
declarar, com algum grau de confiança, que eles excederão
US$ 1 trilião", destacaram.

Estimativas

No relatório, os autores ofereceram estimativas
"conservadoras e moderadas" dos gastos que envolverão
a sociedade americana desde o começo da Guerra do
Iraque, em março de 2003.

Segundo essa visão "moderada", a guerra custará pelo
menos US$ 1,026 trilião aos americanos, abaixo das
estimativas ainda mais moderadas de que os gastos
chegariam a US$ 1,8 trilião.

Os EUA já destinaram US$ 251 biliões em espécie para
financiar as operações de combate no Iraque desde que
começou a invasão e continua gastando cerca de US$ 6 biliões.

Contudo, segundo economistas, essas cifras não levam em
conta os pagamentos que deverão ser feitos aos soldados
veteranos pelo resto da vida, nem o custo do restituir o
material bélico e as munições usadas.

Além disso, as despesas para o recrutamento de novos
soldados aumentaram dramaticamente, já que o Pentágono
paga bônus de recrutamento de mais de US$ 40 mil aos
novos alistados e bônus especiais e outros benefícios da
ordem de US$ 150 mil às tropas que se reintegram às fileiras.

"Outro gasto para o governo são os juros que paga sobre o
dinheiro solicitado para financiar a guerra", acrescentaram
os autores do estudo.

Este é um problema que a mim não me tira o sono. Quem
os mandou meter-se onde não deviam. Regozijava-me se
os EUA entrassem em banca rota para ver se tomavam
juizo.

1 comentário:

augustoM disse...

Raul és muito optimista, estamos mesmo a ver quem vai ajudar e muito a pagar a despesa. Eles vão arranjar maneira de nos sacarem as massas de qualquer maneira, nem que seja de alguma maneira diabólica.
Um abraço. Augusto